“A palavra médium, que vem do latim, significa medianeiro, que está no meio, intermediário, no caso em questão, o médium é o intermediário entre os planos físico e espiritual. Por este conceito entende-se que todas as pessoas possuem mediunidade, visto que todos, mesmo de forma inconsciente, influenciam e são influenciados pelos espíritos.
Todos os homens, como espíritos encarnados na matéria, são intermediários das boas ou más inspirações do Além-Túmulo. Entretanto convencionou-se usar esta denominação apenas para aqueles nos quais os fenômenos mediúnicos se manifestam de forma mais explícita. São os chamados médiuns ostensivos.
A mediunidade é um talento dado por Deus, independe de raça, idade, sexo, nacionalidade ou religião. Ao contrário do que pensam alguns, é um fenômeno muito antigo. Na própria Bíblia, vemos várias referências a fenômenos mediúnicos, como quando Saul consulta, através de uma médium, o espírito de Samuel, em I Samuel, 28: 7-19, ou quando Pedro é ajudado por um anjo em Atos 12: 7-9, entre outros. O que observamos daquele tempo para cá é que a mediunidade está evoluindo, assim como a civilização, e os fenômenos físicos do passado tem dado lugar a manifestações mais intelectuais.
Os estudos mais recentes sobre mediunidade e as informações trazidas do plano espiritual trouxeram uma série de esclarecimentos sobre o assunto. Todos os fenômenos ligados à mediunidade, tem por base a mente, de onde partem as ondas psíquicas que, de acordo com a sua qualidade, irá estabelecer uma sintonia equivalente com o mundo espiritual.
Comparamos o médium a um capacitor ou condensador elétrico, ou seja, ele é capaz de emitir e receber ondas eletromagnéticas que podem ser de diferentes comprimentos, o que permite o contato com diferentes espíritos. Quanto maior a capacidade de suas emissões mentais maior será a sua capacidade de comunicar-se com diferentes categorias de espíritos. Numa reunião mediúnica cada médium é uma linha de força, a interação dessas linhas irá formar um campo elétrico que será mais forte na medida que as emissões dos médiuns forem mais elevadas. As linhas de força dependem da intensidade de pensamentos bons e amoráveis. Quanto mais numerosas e fortes essas linhas de força, tanto mais propício o campo elétrico para as comunicações eletromagnéticas entre Guias e Médiuns. Não se trata de religião nem de pieguismo: é um fenômeno puramente físico, de natureza elétrica. Quem pretende fazer reuniões espíritas (eletromagnéticas) sem preparar antes o “campo eletromagnético”, sujeita-se a decepções de toda ordem, a interferências, a fracassos.
Assim como qualquer talento, a mediunidade é neutra, cabe ao médium escolher que uso fará dela, se optar por um caminho positivo, de auxílio ao próximo, encontrará ampla assistência da espiritualidade superior, caso contrário, estará sujeito a tornar-se vítima de obsessões dos mais diferentes tipos. Por isto é importante a evangelização e o esforço do médium.
Para que o médium não fique desamparado é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem.
Sabemos que Guias envolvidos nos trabalhos de Umbanda utilizam das energias de certos elementos físicos para criar uma Alquimia e assim gerar uma energia condensada entre os dos mundos para serem utilizados em certos trabalhos. Isto é fato. Porém, vemos entidades (muitas ainda trabalham na linha da esquerda) que mantem aspectos boçais e longe da moralidade em atitudes e palavras. O médium deve se preparar para este contato. Se a função de um Guia que deseja evoluir é através da caridade em suas ações, a do médium é ter um aparelho corpóreo pronto e capacitado para esta evolução. Inclusive com barreiras mentais preparadas para abolir toda e qualquer ação imoral.
O Povo da Esquerda tem suas qualidades, porém, devemos fazer nossa parte na evolução moral deles. Usar, manipular energias provindas da sensualidade e da sexualidade não é ser imoral. O médium deve ter entendimento sobre todo o processo de desenvolvimento mediúnico em detalhes para que possa por exemplo trazer um Exu da qualidade de Sr. Tranca Rua das Almas na linha de Doutores. E vejam a elegância e o palavriado exemplar deste Exu nesta linha. Porém, para isso o médium deve ter sido preparado, deve estudar, deve se capacitar para tamanha transformação.
Portanto, estejam certos os médiuns que, a eles, cabe a tarefa de enobrecer o seu mediunato, através da dedicação sincera ao serviço do bem, controlando o personalismo, o orgulho, o egoísmo e a vaidade, pois “Todo homem pode tornar-se médium; mas a questão não é ser médium; é ser bom médium, o que depende das qualidades morais.”
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