Todas as correntes de pensamentos, a não ser as materialistas, são acordes, que no Homem há um “Espírito”. A Umbanda segue a recíproca de Hermes – “Como em baixo assim é em cima”, – “Assim como é o “Microcosmos é o Macrocosmos”. A Gênese ( primeiro, v.26) diz: “O Homem foi feito à imagem e semelhança” de seu Criador. Embora seja uma afirmativa pretensiosa, o termo semelhança deixa uma distância incomensurável, podendo ser aceito com restrição e, então, como Deus, o Homem Trino em sua atividade, e Septenário em seu Universo. O Homem é uma “Consciência Encarnada” em um Universo Mutável (os seus corpos mortais), onde se manifesta trinamente como: “Vontade – Amor – Inteligência”. A Umbanda aceita o “Espírito Uno e Trino” em seu Universo Septenário na pluralidade dos Corpos do Homem.

a. IMORTALIDADE

b. MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO

c. A REENCARNAÇÃO EVOLUTÍVA

PLURALIDADE DAS ENTIDADES ESPIRITUAIS

É conceito firmado em quase todas as Religiões, a existência de Entidades Espirituais, umas acima e outras abaixo, da escala evolutiva do Homem. Há nessa cadeia, Entidades Sublimes, pelas suas perfeições, que formam uma verdadeira Hierarquia Espiritual, que cuidam e guiam a evolução de “Entes” em estágios inferiores aos seus. Para nosso estudo, entende-se como ‘Entidades Espiritual”, todo o “Ente” que não mais possua seu Corpo Físico, ou que nunca o teve. Classifica-las, ordena-las, é tarefa muito difícil por sua complexidade, porém, como cunho didático, salvo melhor, é satisfatória a que segue:

§ ENTIDADES ESPIRITUAL HUMANA COM ÊGO-“EGUM”

§ ENTIDADE HUMANA SEM ÊGO

a. SOMBRAS: Compreenda-se por “sombras”, as entidades espirituais, não mais animadas pelo Êgo Superior, mas, que por falta de libertação, o seu Êgo inferior não foi absorvido totalmente, ficando, pois, este “Ente Hiper-Físico” vitalizado, apenas, por seu reflexo. Estes Entes Espirituais não tem consciência de si mesmo como “Personalidade”, pois, na sua inteligência limitada, “supõem-se ser o indivíduo de que fez parte, transitoriamente, como um de seus corpos”. A duração de uma “Sombra”, como entidade independente, vária com a intensidade do Espírito Inferior do indivíduo que o animava, mas vai diminuindo, lentamente, em sua atividade inteligente até reduzir-se a atos instintivos. Prestam-se, estas “Sombras”, para as mistificações freqüentes em reuniões Espíritas, bem como, por suas tendências más já que lhes restam só o Corpo Emocional, por serem Entidades do Astral, para operações de “Magia Negras”.

b. INVÓLUCROS OU CASCÕES: O invólucro é um cadáver do plano que pertence. É o que resta, no plano, daquilo que foi veículo do Espírito, em sua fase última de desintegração, ou melhor, quando os estão abandonando as últimas partículas do plano imediatamente superior e, quase sempre, “é o que resta do que foi uma “Sombra”. Mas, o Cascão, ao contrário da Sombra, não tem consciência e inteligência de qualquer espécie, vagueiam, por assim dizer, em correntes no plano que pertencem . Acontece, porém, que quando entram no campo de atração de um “médium”, reproduzem as expressões e até mesmo a letra daquele que serviu como um dos seus corpos. Mas, são atos automáticos, que devido a qualquer excitação, tendem a repetir, mecanicamente, os movimentos habituais. Às vezes, achamos inteligência nos “Cascões”, que de fato a tem, mas, não sí próprio, como poderia parecer à primeira vista e, sim, provenientes do “médium” que o aciona ou das Entidades com Êgo Superior, que lhes emprestam a inteligência, por momentos. Os invólucros podem ser vitalizados, quer por pensamentos humanos, quer por Entidades Espirituais. Em geral, esta vitalização visa o mal, pois são de fácil manejo e servem como ação na Magia do Vood e do Obeah . No entanto, sua vitalização pode ser para o bem, quando utilizada como roupagem de Entidades Espirituais Superiores. A sua conservação, principalmente, no plano Astral, feita artificialmente, é Lícita, quando para fins benéficos, mas, requer conhecimentos de “Umbanda Esotérica”.

c. CORPO ETÉREO OU VITAL: Como o “Cascão”, também é um cadáver, porém, pertencente a parte Etérea do plano Físico. Difere do “invólucro”, por não vaguear daqui para ali, e sim, por manter-se a pouca distância do Corpo Físico em decomposição – É o fantasma dos cemitérios. Está categoria, também, é desprovida, completamente, de inteligência e de consciência. A sua utilização é uma das formas mais “Horríveis na Magia Negra”.

d. ESSÊNCIA ELEMENTAL: É massa que permanece nos planos evolutivos e que pertencente a nossa evolução, reage aos pensamentos humanos. Existe uma outra espécie de “Essência Elemental”, em Umbanda, se faz através de cerimonial mágico, por “Entidade Espiritual” evocada para tal, ou pelo “Mago”.

e. ESPÍRITO GRUPO: Os minerais, as plantas e os animais não tem espíritos individualizados e, sim, coletivos cuja sede é o plano “Mental”. Estes Entes, pouco a pouco ganham a sua individualidade. Basta observar o grau de evolução que separa um animal selvagem de um doméstico.

f. ESPÍRITOS DA NATUREZA – ELEMENTARES: São Entidades Espirituais que muito diferem das demais, pois nunca foram, nem são, nem hão de ser membros de uma humanidade como a nossa, por terem evolução completamente diversa. Somos apenas companheiros evolutivos no mesmo planeta Terra. Estas Entidades são mais evolutivas que a “Essência Elemental”, mas guardam entre si, a sua classificação primária, que é septenária, como tudo no Cosmos. Classificam-se em “Sete Classes” que ocupam os mesmos “Sete Estados” coesivos da “Matéria”, e que são: Os Espíritos da Terra; Os Espíritos d’Água; Os Espíritos do Ar; Os Espíritos do Fogo; Os Espíritos dos três Estados Etéreos. São Entidades Astrais e algumas Etéreas, com inteligência, que habitam e funcionam em cada um desses meios. O Umbandista pode e sabe utilizar os seus “Serviços”, mas com parcimônia e muito conhecimento de causa. Nota: Como aviso de prudência, não se deve evocar tais Entidades, através de promessas, em troca de algo material, ou, ainda, o que é pior, utilizando influência que lhes obriguem “Obediência”. Muita “Calma e Conhecimento” no trato com “Elementares”.

g. Orixá ( Òrìsà): É o “Deva” do Hindu, o Anjo Ocidental. É a classe de Entidades Espirituais de Maior Evolução que tem contato com a Terra. Apesar de sua relação conosco, não estão confinados nos seus limites, porque o conjunto dos Sete Universos que constituem a nossa cadeia planetária, é o campo evolutivo daqueles de maior elevação. Nunca encarnaram como nós, e o processo evolutivo é bem diverso do nosso. Foram uma grande hierarquia espiritual, desde os que militam no plano físico (etéreo), astral e mental do nosso planeta, até os grandes Orixás Cósmicos, regentes de Universo. E, então, estaremos na presença do “Único Orixá – Olorun”. Entretanto, embora pertençam a uma cadeia evolutiva mais elevada que a da Humanidade, não quer dizer que não haja Orixás menos evoluídos que certos Entes Humanos.

h. ENTIDADES ESPIRITUAIS ARTIFICIAIS: Consideram-se como Entidades Espirituais Artificiais, aquelas produzidas pelos pensamentos humanos. A mais levada ação de pensar, faz com que a Essência Elemental se agite. No entanto, se o pensamento é mais intenso a Essência Elemental ganha forma que dependerá do tipo de pensamento emitido, e a sua duração, da intensidade do pensamento.

Claro está que o pensamento inconsciente, aquele sem rumo certo, já produz pequenas vagas e minúsculas formas, naturalmente no plano que afine. Entretanto, quando o pensamento é dirigido, repetido muitas vezes, estas formas corpo, podendo ser alimentadas pelo seu “Criador”, e mesmo aumentadas, já que são produtos de pensamentos conscientes.

As vezes, formam verdadeiras correntes nos planos onde foram criadas e denominam-se “Noures” ( termo de Ubaldi).

Ao conjunto de pensamentos de um recinto, é o que se denomina EGRÉGORA.

Por vezes, um espírito de natureza, um elementar, os anima agindo como um Ente Inteligente. As ondas de pensamentos, a forma pensamento ou forma vitalizada por elementar e a Egrégora, são utilizadas na Umbanda seguidamente.

É de bom alvitre, para com os Espíritos da Natureza, o “Profundo Conhecimento de Parte do Umbandista”, no seu manejo, para evitar males muito comuns provocados por neófitos e imitadores de rituais.

Assim, a Umbanda é pois, “O CONJUNTO DOS PENSAMENTOS EMITIDOS PELA HUMANIDADE ATRAVÉS DO TEMPO”.