“Após o evento da libertação dos escravos, uma boa parte dos chamados cultos de Nação passaram a tomar um caráter mais externo, propiciando rápidas fusões e união com outros ritos, como o Cabula, o Catimbó a Pajelança, começando a proliferação de terreiros, roças, mesas, etc… por esse Brasil a fora.
Esta fusão trouxe para os Catimbós e demais cultos alguns instrumentos ritualísticos dentre os quais uma espécie de tambor denominado MACUMBA que eram tocados nos festejos do santo (Orixá). O Macumbeiro era seu tocador.
Estes cultos se expandiram rapidamente principalmente no Rio de Janeiro, e como por via de regra esses tambores eram tocados, começaram a ser chamados de MACUMBAS.
Neles baixavam e baixam uma gama de espíritos vingativos e irritadiços e que na verdade são os Mestres de Linha, os Tatás, etc.
Outras vezes apresentam-se como Baianos, Marinheiros, Boiadeiros, Zes-Pilintras, Marias Padilhas e outros.
Os dirigentes e auxiliares desses rituais, onde campeia a Magia Negra, trabalham com tais espiritos que estão na mesma faixa vibratória, na maior parte das vezes.
Geralmente fazem trabalhos de bruxedo e feitiçaria de forma empírica, desconhecendo seus fundamentos, mas conhecendo os seus efeitos maléficos.
Com sua magia perversa exerceram e exercem sua influencia maléfica nos quatros cantos do País.
Centenas, milhares de pessoas de todas as classes sociais recorrem aos seus sortilégios.
A política e o meio artístico foram e continuam a ser dos seus melhores e mais assíduos clientes, onde procuram resolver seus problemas de amor, ódio e interesses escusos.
Nos trabalhos da “Macumba” ainda é possivel notar algums resquícios do Cabula como o uso do vinho e da palmatória.
Em alguns locais, após a desincorporação, o Espírito que comanda o trabalho manda queimar pólvora nas mãos dos médiuns, que, segundo eles, torna-se incombustível se o Espírito toma posse total do médium.
Segundo W.W. da Mata e Silva o termo MACUMBA generalizou-se, passando a designar ritos fetichistas, ”baixo espiritismo”, isto é, tomou um sentido pejorativo, pois a concepção popular o tem para indicar mesmo sessões de Terreiro onde as práticas afro-indigenas são as mais inferiores.
O termo MACUMBEIRO também ganhou um novo sentido: aponta-se como macumbeiro toda pessoa que é assídua freqüentadora de “macumbas”, isto é, que gosta de praticas de Terreiros de baixa categoria.
Muitos desses Terreiros se abrigam na atualidade sob o nome de Umbanda.
É o primeiro passo para o início do saneamento desses cultos degenerados que com certeza no futuro engrossarão as fileiras do Movimento Umbandista.
Não nos cabe criticar nenhum deles, todos seus adeptos são de certa forma nossos irmãos.
Como diz o Caboclo das 7 Espadas: “Caso não possa ajuda-los, não os critique, faça silêncio e peça ao Alto para que Oxalá os abençoe sempre e que eles possam evoluir o mais rápido possível para o beneficio de nossa Grande Família.”
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